Na terça-feira (21), um bebê de cinco meses foi encontrado morto em sua casa, em São João da Canabrava, no interior do Piauí. A criança, Miguel de Sousa Santos, foi encontrada com o pescoço quebrado, e a morte está sendo investigada pela Polícia Civil. A mãe do bebê, Selma de Souza Santos, de 24 anos, foi presa inicialmente como suspeita do crime.
A situação foi descoberta quando Selma foi vista por vizinhos correndo pelas ruas, desesperada e pedindo ajuda. Ela alegou que o filho não apresentava sinais vitais. Inicialmente, a mulher sugeriu que poderia ter dormido sobre o bebê, o que teria causado a morte, mas essa hipótese foi descartada pelas investigações.
O laudo pericial revelou que a causa da morte de Miguel foi uma fratura cervical, o que indicou que o pescoço da criança foi quebrado. Esse detalhe levou a Polícia Civil a aprofundar a investigação e buscar mais informações sobre o que realmente aconteceu na noite da tragédia.
No mesmo dia em que o bebê foi encontrado morto, a mãe foi presa sob suspeita de envolvimento no crime. Contudo, a Justiça decidiu soltá-la nesta quinta-feira (25), alegando falta de provas suficientes para mantê-la detida. A decisão gerou algumas discussões, já que a polícia ainda continua investigando o caso para esclarecer os fatos.
A tia da vítima, Maria Raimunda dos Santos, relatou que Selma tinha o hábito de consumir bebidas alcoólicas e que teria ingerido álcool na noite anterior à morte de Miguel. Outros familiares confirmaram que a mulher tinha dependência alcoólica e também fazia uso de entorpecentes, o que pode ter contribuído para a situação trágica.
Maria Raimunda também informou que o Conselho Tutelar já havia tentado intervir diversas vezes na vida dos filhos de Selma devido às condições precárias em que eles viviam. A situação da família era conhecida pelas autoridades locais, que estavam acompanhando de perto a situação.
Na época da morte de Miguel, estava marcada uma audiência para discutir a guarda dos filhos de Selma, que incluem uma menina de um ano e um menino de sete anos. O caso levanta preocupações sobre a segurança e o bem-estar das crianças, e as autoridades seguem investigando as circunstâncias que levaram à morte do bebê.
O caso causou grande comoção na cidade, e as investigações seguem em andamento. A Polícia Civil continua ouvindo testemunhas e reunindo informações para tentar esclarecer a morte de Miguel. Enquanto isso, a família e a comunidade local buscam respostas para entender o que realmente aconteceu.
As informações divulgadas pela polícia e por familiares apontam que a situação familiar de Selma era instável, com sinais claros de abuso de substâncias, o que levanta questões sobre a responsabilidade das autoridades em relação à proteção das crianças.
A população local, junto com os serviços de assistência social e a polícia, ainda tentam entender como a situação chegou a esse ponto e quais foram as falhas que permitiram que essa tragédia acontecesse. O caso segue sendo monitorado de perto pelas autoridades locais, que buscam trazer justiça para Miguel e para as demais crianças que estão envolvidas na situação.
O caso de Miguel é mais um triste exemplo de como a negligência e o abuso de substâncias podem afetar as vidas de crianças inocentes. As autoridades continuam investigando e esperando encontrar todas as respostas para garantir que tal tragédia não se repita.
O futuro dos outros filhos de Selma, que estavam sob sua responsabilidade, continua sendo uma preocupação para as autoridades. O Conselho Tutelar e outros órgãos competentes estão monitorando a situação de perto, buscando oferecer apoio e garantir a proteção das crianças.
Enquanto isso, a comunidade local de São João da Canabrava e os familiares de Miguel aguardam respostas sobre o que realmente aconteceu naquela noite fatídica. As investigações ainda estão em andamento, e a polícia promete continuar o trabalho para esclarecer todos os detalhes do caso.